sábado, 17 de novembro de 2012
EM DEFESA DA UFRJ
A noticia, divulgada pela Reitoria da UFRJ no
dia 7/11, anunciava que o programa do Fantástico da rede Globo, iria veicular denuncias
contra a UFRJ e assim atacar a credibilidade da maior instituição federal de
ensino superior do país. Ela se espalhou com rapidez e ainda durante reuniões e
mais reuniões, em gabinetes fechados e não tão fechados, aparece a primeira e imediata resposta. Antecipando-se
aos ataques públicos, a UFRJ solta notas explicativas e lança uma conclamação
para que professores, alunos e técnico-administrativos se movimentassem unidos
e em defesa “da universidade pública, gratuita,
de qualidade e transparente” .(http://www.ufrj.br/mostranoticia.php?noticia=13388_Em-defesa-da-universidade-publica-gratuita-de-qualidade-e-transparente.html).
Para
o segmento da universidade que luta e sempre lutou unificado pela bandeira da defesa
de uma universidade publica, gratuita e de qualidade, estes acontecimentos
suscitam inúmeras interrogações, ainda sem respostas, que não nos permitem atender
de forma irrefletida e apressada a conclamação daqueles de quem diferimos por
defender outro projeto para UFRJ.
Na
base da nossa reflexão a história recente da UFRJ. Basta lembrar a nossa
histórica greve de 2012 que acaba sem que nossas mais simples reivindicações fossem atendidas e nem nossas
denuncias , muitas delas agora em pauta, fossem veiculadas com veracidade pela
Venus Platinada.
Neste sentido, defendo
que os seguintes encaminhamentos sejam adotados:
·
Solicitar, em nome da ADUFRJ-SSind do ANDES,
uma audiência com a Reitoria para esclarecimento dos fatos com objetivo de
aprofundar os esclarecimentos apresentado na nota pública já divulgada.
Questionar as reais intenções, não ditas, que existem
por trás deste ataque direto a UFRJ, trazendo e veiculando denuncias que estendem
desde 2010.
Denunciar a postura da GLOBO que, como
sempre, de forma sistemática, ignora e combate os movimentos que defendem a UFRJ e hoje pretende ser “porta-voz”
das mesma denuncias que ignorou e deturpou durante os mais de 3meses de greve.
Registrar que, sim, o
alojamento, o HU e o CAP e muitas das diversas unidades da UFRJ e das demais
universidades públicas estão em condições lamentáveis ou sofrem problemas que são
decorrência direta de políticas de governo. Políticas que, por exemplo, promovem
a precarização da universidade pública via asfixia financeira e incentivo de
parcerias público-privadas que acabam por retirar nossa autonomia e exigem,
para sua materialização, a presença das fundações.
A militância que protagoniza
historicamente a luta em defesa da universidade pública e, portanto, não se pauta apenas por ataques veiculados pela Rede
Globo, sabe que a defesa da UFRJ exige, como
marco referencial e de partida, a defesa
de um determinado projeto de educação. No nosso projeto não cabe a privatização
dos HUs via EBSERH, nem as precarização da UFRJ via REUNI. Não defendemos o
mesmo projeto que aos professores aglutinados num sindicato inexistente, que assina com o governo acordos que desconhece.
O
momento exige respostas e a continuidade das lutas que há muito protagonizamos
em defesa de universidade publica, de qualidade, não burocratizada e,
consequentemente, com autonomia para gerenciar sua verbas, recebidas
diretamente do MEC. Para tal e preciso lutar por um outro modelo de
universidade. Esta é a bandeira que une os protagonistas das lutas em defesa da
UFRJ pública que sonhamos e ousamos construir!
Por elas estaremos, sempre, nas ruas e na luta!
Denunciaremos,
sempre, o discurso privatizante da Rede Globo. Isso porque nos comprometemos
com a defesa de um projeto de universidade pública, gratuita, de qualidade, a
serviço da maioria da população. Parte dessa defesa é questionar as políticas
do governo para a educação. E, também, exigir que as questões referentes à
nossa universidade sejam debatidas publicamente, com os devidos questionamentos
e esclarecimentos.
Saudações
Combativas
Professora Vera Salim
COPPE/UFRJ
Conselheira da
ADUFRJ-SSind do ANDES
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário